Inicialmente associado a motores diesel, a injeção direta é hoje a base de uma nova geração de motores a gasolina mais eficientes.
Primeiro, tivemos o carburador. Ele foi o principal componente do sistema de alimentação do motor, gerindo a mistura ar-combustível nas proporções necessárias ao bom funcionamento da mecânica. Mas se tornou obsoleto, principalmente por não conseguir corresponder às cada vez mais restritivas normas de antipoluição. Veio então a injeção eletrônica, que jogava o combustível no coletor de admissão por meio de um único bico ou pelo sistema multiponto.
Era, por isso, chamada de indireta. Esse sistemas deram as cartas até hoje, altura em que os evoluídos motores com injeção direta parecem querer assumir definitivamente a liderança em motores a combustão.
O conceito dessa tecnologia é injetar o combustível não no coletor de admissão a uma pressão de cerca de 3 a 4 bar (como acontece no sistema tradicional), mas diretamente na câmara de combustão, a uma pressão entre 150 a 200 bar.
Em comparação ao sistema de injeção eletrônica indireta (convencional), a direta é mais precisa e não é tão dependente dos tempos de abertura das válvulas. Pressões tão elevadas pulverizam o combustível a ponto de formar partículas microscópicas, que permitem uma queima mais rápida e eficiente, o que gera mais potência e reduz o consumo.
A tendência é que todos os motores passem a adotar esse recurso, que também é um dos mais eficientes para reduzir as emissões de poluentes.